Ludwig van Beethoven é considerado em um dos maiores gênios da música contemporânea e a sua genialidade transcende mais de dois séculos. Assim sendo muitos historiadores musicólogos consideram que existe claramente um antes e depois de Beethoven na música. Ademais de ser um dos pioneiros do romanticismo, Beethoven compôs enfrentando problemas de saúde e os traumas ocasionados por uma difícil infância.
Em outras palavras, Beethoven foi transcendental a sua época e a sua genialidade e sensibilidade se estendiam mais além do mundo da música. Dessa maneira ele também era reconhecido pelo seu caráter progressista, que para os ouvidos mais expertos configura uma grande parte das suas criações.
Uma infância determinante
De certo modo o mundo na época de Beethoven passava por um momento político muito importante com um crescente espírito revolucionário. Porém o jovem Beethoven ainda não tinha plena consciência do que lhe esperava experimentar no futuro.
Logo, filho de um tenor, músico medíocre e alcoólatra, Beethoven experimentou os abusos do seu pai que queria transformar Beethoven no próximo Mozart. Por essa razão teve uma infância determinada pela obstinação do seu pai que através da violência e da privação do sono mantinha uma dura e sem sentido rotina de aprendizagem musical.
A importância das amizades e das ideologias sociais de Beethoven
Talvez pela sensibilidade natural de Beethoven, a ideia de uma nobreza elitista e segregaria produziram um sentimento de repulsa as normas sociais de sua época. Contudo o futuro compositor foi influenciado pelas amizades com Stefan e Eleonore von Breuning que foram determinantes para que Beethoven seguisse com a sua carreira de músico.
De fato, além da sua importante amizade com o Conde Waldstein, Christian Neefe foi o músico e o primeiro mestre que seguiu com a educação musical de Beethoven Desse modo foi através das amizades que Beethoven pode desenvolver uma sensibilidade social e liberal de uma época convulsionada pela revolução francesa, fornecendo ideais sociais para tratar com a nobreza elitista de sua época.
Viena: a capital da arte na Europa
Beethoven tinha uma maneira impetuosa e excêntrica de tocar e isso lhe abriu um caminho para ser reconhecido como compositor. Decerto ele era destacado por executar obras diferenciadas do classicismo de Mozart e Haydn.
Entretanto sua vida em Viena só foi possível pela amizade com o Conde Waldstein que permitiu estabelecer contatos e então mudar-se para Viena. Ou seja, centro indiscutível da arte musical e cênica da sua época. Apesar da enorme quantidade de músicos, Beethoven se tornou rapidamente em uma celebridade como pianista.
Rebeldia e genialidade musical de Beethoven
Assim sendo sua rebeldia formou em uma personalidade bastante inflexível e que o talento não pode dissimular. Por isso sua atitude despertou muitas críticas que consideravam Beethoven como uma pessoa retraída, presumida e egoísta. Em suma aos poucos Beethoven foi sendo rejeitado e finalmente experimentando o silêncio e demonstrações de desafeto.
De acordo com os pesquisadores musicólogos, o trabalho dele se dividia em 3 estilos que ilustravam as épocas de sua vida. Em primeiro lugar o estilo clássico que foi marcado pela sua dura infância. O segundo, heroico que abre as portas ao romanticismo e também se relaciona com a aparição da surdez que foi o ponto de origem das suas obras mais conhecidas, como: Imperador, heroica, quinta sinfonia, pastoral, primavera, appassionata, para elisa e a icônica Claro da lua.
Por último se encontra o estilo reflexivo e o que se refere ao final da sua vida. Nesse sentido, algumas das obras mais profundas e inquietantes, como: os últimos quartetos para cordas, a novena sinfonia, missa solemnis, Hammerklavier, as três últimas sonatas para piano e as variações de diabelli.
Em suma, ele foi um marco histórico na música já que se converteu em um ponto de referência para compreender a essência da música. Como também reconhecê-la como um das grandes crianções do homem até os dias de hoje.